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Criminosos aproveitam período de declaração do Imposto de Renda para aplicar golpes

As vítimas são abordadas via e-mails, mensagens e até por cartas. Jornal Nacional mostrar a complexidade dos golpes. Receita Federal alerta para os golpes en...

Criminosos aproveitam período de declaração do Imposto de Renda para aplicar golpes
Criminosos aproveitam período de declaração do Imposto de Renda para aplicar golpes (Foto: Reprodução)

As vítimas são abordadas via e-mails, mensagens e até por cartas. Jornal Nacional mostrar a complexidade dos golpes. Receita Federal alerta para os golpes envolvendo o Imposto de Renda A Receita Federal emitiu um alerta sobre as muitas fraudes envolvendo o Imposto de Renda nessa época do ano. O Alex Telo é um especialista em identificar golpes, perito da justiça. Mas os golpistas do Imposto de Renda não estão nem aí. Tiago Eltz, repórter: Você recebeu e-mails? Alex Telo, perito: Sempre a gente recebe de Imposto de Renda. Repórter: Quantos? Alex Telo: Eu devo ter recebido pelo menos uma meia dúzia nos últimos dois meses aí. E a caixa de e-mail dele está como a de grande parte dos brasileiros nessa época do ano: cheia de mensagens de bandidos. “As quadrilhas pegam, dependendo, cadastros de RGs, banco de dados expostos, e em cima disso eles aplicam golpe”, diz Alex Telo, perito e diretor da Associação de Empresas de Serviços Contábeis - SP. Criminosos aproveitam período de declaração do Imposto de Renda para aplicar golpes Jornal Nacional/ Reprodução E se eles estão atacando milhares, talvez milhões de pessoas ao mesmo tempo, eles precisam estar preparados com páginas falsas para enganar quem clica nos links. E eles estão, como uma empresa de cibersegurança confirmou. “Só hoje cedo, nós reparamos em torno de 17 registros em uma simples busca. A partir de agora, que nós temos em torno de dois meses até a data final da declaração, dia 30 de maio, nós estamos prevendo que surgirão em torno de 2,5 mil a 3 mil sites durante esse período. Se parece com o site do governo da Receita Federal, mas é um site totalmente falso”, afirma Eduardo Lopes, CEO da Rebelt Security. O que gera surpresa e deixa as pessoas assustadas é que o site funciona. E dentro da empresa de cibersegurança, em um ambiente super controlado, a equipe do Jornal Nacional fez o que você não deve fazer nunca para te mostrar a complexidade do golpe. “Botei os meus dados e ele está consultando meu CPF. Está aqui, data de nascimento, meu nome, data de nascimento da minha mãe, o CPF. Aí diz que está em suspensão. Irregularidade fiscal grave detectada”, diz o repórter Tiago Eltz. Eduardo Lopes: Como qualquer site fraudador, qual é o principal objetivo? Te deixar com medo. Tiago Eltz: E aí, se eu continuar, gerar DARF de pagamento, que eu tenho que pagar R$ 115,19. Pagamento via PIX e ainda te dá um QR Code para facilitar sua vida. É assustador. Eduardo Lopes: E lembrando: isso é apenas um de milhares que estão sendo criados diariamente. Tiago Eltz: O meu dinheiro, eles não levaram. Com um golpe tão elaborado, tem muita gente que cai. E se você já está vacinado contra golpes online, escuta essa: “Agora voltou o golpe da carta. A pessoa recebe uma carta com a identidade visual da Receita Federal, com informações dizendo que ela tem pendências na Receita, que ela tem débitos com a Receita”, explica Ricardo Mendes Ribeiro Júnior, supervisor Imposto de Renda - SP. Então, se a carta é física, se veio no e-mail, no SMS, no WhatsApp, presta atenção: não responde, não clica, e entra no site da Receita - o de verdade. “Entra com sua conta gov.br e você vai entrar na sua caixa postal. Tem uma caixa postal que tem recados da Receita para você. Se não tiver nada, é porque a Receita Federal não tem nada para falar com você. Agora, se a Receita mandou alguma informação, vai estar lá”, diz Ricardo Mendes Ribeiro Júnior. LEIA TAMBÉM Meu Imposto de Renda está disponível: veja como funciona e como fazer declaração pré-preenchida online Imposto de Renda 2025: veja passo a passo para fazer a declaração pré-preenchida Imposto de Renda 2025: como declarar renda obtida por 'freelas', trabalho autônomo ou informal?